Academia, política e poder

“Todo poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente.” Lord Emerich Edward Acton (1834-1902)

“Aqueles que não conhecem a História estão fadados a repeti-la.” Edmund Burke (1729-1797)

Em sua juventude, Platão (428/427 AEC -348/347 AEC) não compartilhava com Sócrates (470 AEC -399 AEC), seu professor, a desconfiança dos políticos e da política em geral. Embora isso começou a mudar após o julgamento e a execução de Sócrates, ele manteve a crença de que os percalços da política poderiam ser contornados por um Rei Filósofo, ou seja, um governante bem-educado na filosofia. Ele chegou a fazer três viagens a Siracusa com o objetivo de ensinar Filosofia ao novo rei.  A sua primeira viagem, por volta de 368 AEC, quando tinha quase quarenta anos, teve por objetivo ensinar filosofia ao rei Dionísio, o Jovem, que, segundo seu amigo Dion, desejava ser um governante justo e era aberto à filosofia. Dada a corrupção sistêmica de Siracusa, fazer um filósofo do novo rei de Siracusa era uma tarefa bastante difícil. As estadias de Platão em Siracusa foram cheias de percalços causados ​​pelas intrigas da corte, incluindo a disseminação de notícias falsas de que Platão e seu amigo Dion estavam tramando contra o rei. No final da história, Dion foi assassinado e Platão preso. Foi após a sua segunda viagem que Platão fundou a Academia em Atenas, hoje considerada a instituição precursora das universidades, e, começou a escrever os diálogos socráticos.

A Academia de Platão deveria ser sobre aprendizado e não sobre política. Entretanto, após a morte de Platão, a política não permitiu que Aristóteles fosse apontado o novo reitor da Academia. Mais de dois mil anos se passaram, mas a política continua a afligir as universidades enquanto que muitos acadêmicos ainda sonham em assessorar chefes de governo. E quando eles têm a chance de fazer isso, quase sempre acabam vítimas das intrigas da corte.

O poder duradouro do Charlatão

O poder duradouro do Charlatão

Claus Leggewie

LARB – Los Angeles Review of Books – 11 de Fevereiro de 2022

EM 16 DE OUTUBRO DE 1937, uma certa Grete de Francesco, de Milão, enviou uma carta manuscrita de 12 páginas ao “estimado Sr. Thomas Mann”, juntamente com um exemplar do seu livro recém-publicado, Die Macht des Charlatans (O poder dos charlatães). Embora desconhecida para o autor mundialmente famoso, Francesco insistiu que Mann era o “santo padroeiro dos intelectuais” por detrás de seu próprio trabalho: “Este livro nunca teria sido escrito”, explicou ela, “se não fosse pelo alerta” fornecido em 1930 em seu livro Mario e o magico[1].

Como mostram os seus diversos sublinhados, Mann leu a carta com atenção e até atendeu o pedido de Francesco, de recomendar que sua obra fosse resenhada em um periódico de destaque. O livro obteve ainda mais sucesso nos Estados Unidos depois de ter sido lançado pela Yale University Press em 1939 (em uma tradução de Miriam Beard), eventualmente tornando-se conhecido entre os escritores exilados bem como na Alemanha de Hitler, onde as autoridades reconheceram o seu potencial explosivo e prontamente destruíram o maior número de cópias que conseguiram. Desde então, a obra de Grete de Francesco foi amplamente esquecida – até que, em 2021, a editora alemã Die Andere Bibliothek lançou uma reimpressão brilhantemente comentada.  

Neste ensaio, eu reflito sobre a atualidade desse relançamento. Antes, entretanto, alguns fatos básicos sobre a autora do livro. Ela nasceu em Viena em 1893, sendo que o seu nome de registro era Margarethe Weissenstein. Estudou história da arte em Munique; casou-se com um engenheiro, Giulio de Francesco, com quem viveu em Milão e, mais tarde, em Berlim. Em 1931, Francesco se tornou a primeira mulher a se formar na progressiva Academia Alemã de Política, com uma tese intitulada “A Face do Fascismo Italiano”. Trabalhando como escritora e jornalista, ela costumava fugir da perseguição mudando-se constantemente: de Viena a Praga, Paris, Basileia, Zurique e Milão. Após esta última cidade ser sido ocupada pelos alemães em 1943, e pelas SS em outubro de 1944, Francesco foi presa. Dois meses depois, ela foi transportada para o campo de concentração de mulheres em Ravensbrück, onde presumivelmente foi morta pouco depois, tornando-se vítima do maior de todos os charlatães, Adolf Hitler.

O livro de Francesco é um fascinante exame histórico da figura do charlatão, a qual permanece válida. Baseando-se em uma variedade de fontes históricas, Francesco traça este caminho através da Europa moderna, quando a figura do charlatão habitou em alquimistas, curandeiros, mesmerizadores, adivinhos e espertalhões. Os indivíduos que fazem uma aparição no livro incluem fabricantes de ouro há muito esquecidos, como Leopold Thurneißer e Marco Bragadino, e ocultistas como o Conde Alessandro di Cagliostro. Francesco, que às vezes aparenta ser uma socióloga da linha da fenomenológica de Walter Benjamin ou de Siegfried Kracauer, ao invés de uma historiadora da arte, consegue destilar os traços e comportamentos de todas essas figuras históricas em um arquétipo. [1]

Conforme acima mencionado, o livro de Mann foi interpretado de maneira muito diferente – pelos seus leitores, por filólogos profissionais e até pelo próprio Mann. Por exemplo, por acaso a figura do ‘mago’ na narrativa representaria uma alusão direta aos demagogos fascistas da época, Mussolini e Hitler, ou, estaria lidando com mais um Künstlerroman (romance de arte), como em seu outro livro Tonio Kröger[1] (1903)? Ou por acaso a narrativa simplesmente monta a uma incursão ao reino do oculto, que tanto fascinou Mann durante a década de 1920? Por Acaso estaria ele lutando com a sua homossexualidade enrustida? Ou simplesmente ele desejava encantar os seus leitores descrevendo a “trágica experiência de viagem” de uma família alemã, conforme sugerido no subtítulo original do livro? O início da narrativa faz parecer assim, mas apenas se ignorarmos o prenúncio no primeiro parágrafo de um “final horrível”. No entanto, os sinais da incursão furtiva do fascismo eram inconfundíveis:

Havia brigas por bandeiras, disputas sobre autoridade e precedência. Os adultos se juntaram, não tanto para pacificar, mas para julgar e enunciar princípios. Frases foram lançadas sobre a grandeza e a dignidade da Itália, frases solenes que estragaram a diversão. Nós vimos a retirada dos nossos dois pequeninos, confusos e magoados, e foi proposto que a situação fosse explicada. Essas pessoas, nós dissemos a eles, estavam apenas passando por um certo estágio, por algo tipo uma possível doença; não muito agradável, mas provavelmente inevitável.

As narrativas continuam chegando até que, após mais ou menos 10 páginas do livro, o mago titular finalmente faz a sua entrada. ‘Cavaliere Cipolla’ (Dom Cebola), animador “impulsionador, ilusionista, conjurador”, conforme ele próprio se descreve; trata-se de uma figura repulsiva, com um corpo deformado que mesmeriza o seu público, os coloca em transe, e os engana e humilha. “Você certamente perguntará”, o narrador se dirige ao leitor, “por que nós não escolhemos este momento para ir embora – e eu devo continuar devendo-os uma resposta. Eu não sei porque. Eu não consigo me defender”.

É nesse clima de passividade coletiva que Mario – um garçom de café conhecido da família do narrador, que havia acompanhado os procedimentos “de braços cruzados, ou então com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco” – é chamado ao palco: “’Beije-me!’, disse o corcunda. Confie em mim, eu te amo. Beije-me aqui”. E com a mão, braço e dedo mindinho estendidos, com o dedo indicador ele apontou para a bochecha, bem perto da boca. E Mario se curvou e o beijou.”

Infelizmente, desta vez o mágico foi longe demais: o humilhado Mario atira em Cipolla e, na “comoção indescritível” que se segue, os turistas alemães saem às pressas da cena do crime, com as crianças perguntando se aquilo significava o fim do show de mágica. “Sim, nos garantimos a eles, esse foi o fim”, diz o narrador. “Um fim de horror, um fim fatal. E, no entanto, uma libertação – pois eu não poderia, e não posso, mas acho que sim!” Um assassinato ao estilo deus ex machina (o deus da máquina; a providência divina), como o catalisador de uma virada para melhor?

Em seu estudo da figura do charlatão, Francesco cuidadosamente evitou tirar conclusões para o seu próprio tempo. E, no entanto, as suas observações sobre a natureza e os mecanismos do charlatanismo são valiosas não apenas para a era do fascismo, mas também para o início do século XXI.

O charlatão — ou o fingidor, como possivelmente diríamos — é mais astuto do que inteligente, e, possui um conhecimento superficial. Ele não imita; ele distorce, inclusive a realidade, por meio de suas falsidades. Ele confia na ciência como espelho e antagonista, pervertendo todas as evidências empíricas e as sofisticações teóricas, e caricaturando-a através do uso de terminologia mal compreendida. Os charlatães não formam uma profissão unificada: você os encontrará em todas as classes e linhas de trabalho; o que importa é a orientação para seu próprio ganho. Enquanto que o pedante considera seriamente cada detalhe, o charlatão está bem ciente da trivialidade daquilo que ele prega; o primeiro engana-se a si próprio, e o ultimo aos outros. Assim, o charlatão não é nada sem seguidores, um grupo de adeptos formado principalmente por indivíduos fracos e decepcionados que ele ojeriza e despreza – eles querem ser enganados, afinal, especialmente em tempos de crise e turbulência.

O charlatão está relacionado com o impostor, o alquimista, o vidente e o mago; no entanto, enquanto estes se dedicam ao negócio da transformação, a arte do charlatanismo limita-se a fazer promessas impossíveis de cumprir. Nenhuma falsificação científica, nenhum decreto político deterá o charlatão ou deterá a multidão de olhos arregalados. Seu único oponente real é o indivíduo cético, ou seja, aquilo que Francesco chama de “a pequena minoria de homens e mulheres incorruptíveis que viviam, desconhecidos e até evitados, entre o rebanho de ‘crentes’, como se fossem portadores de uma infecção”.  Sem dúvida ele pensava em Hitler, quando concluiu seu estudo afirmando que “foram esses indivíduos solitários” que sempre foram “chamados para liderar a luta contra o poder do charlatão”.

Na época da publicação de Mario e o magico, Mann havia descartado qualquer interpretação estritamente política de sua alegoria, embora a narrativa se passe muito claramente na Itália de Mussolini, com grande parte da população cheia de entusiasmo nacionalista. Mas depois que Hitler foi feito chanceler, e especialmente à luz de seu belicismo, Mann passou a ver sua novela de forma diferente, observando em sua palestra de 1940 “On Myself” (Sobre Eu): A alusão moral-política, nunca diretamente afirmada, foi então muito bem entendida muito antes de 1933 na Alemanha: entendida com simpatia ou aborrecimento! — a advertência sobre a violação ditatorial, superada e aniquilada na libertadora catástrofe humana da conclusão.” Um ano depois, ele escreveu ao pioneiro do rádio Hans Flesch: “Só posso dizer que vai longe demais ver em Cipolla simplesmente uma máscara de Mussolini. Então, novamente, é claro que a novela tem um claro significado moral-político.” [2]

O “aviso sobre violação ditatorial” é tão oportuno agora quanto foi em 1930 – e não devemos esperar por outro “1940” antes de levá-lo a sério. Os charlatães menores abundam hoje, como recentemente ficou evidente, por exemplo, nos charlatães que promovem curas falsas do COVID-19 em oposição à vacinação. Em muitos países, tais dissidentes autodenominados dissidentes ou Pensadores Laterais (em inglês Mavericks; em alemão Querdenker) surgiram, trabalhando em frenesi devido à sua convicção de que são vítimas de uma grande conspiração instigada pelo governo, pelo capitalismo global ou pelos judeus (ou por todos esses combinados). Assim como seus antepassados históricos, tão vividamente descritos por Francesco, os charlatães do tipo do Cipolla (Cebola) hoje empregam argumentos pseudocientíficos para mobilizar um grande número de seguidores, gerando uma destrutividade comparável à dos fascistas nas décadas de 1920 e 1930.

Em 1949, o sociólogo Leo Löwenthal e o psicólogo Norbert Guterman — que como Mann, eram membros da comunidade de expatriados da Califórnia, nos Estados Unidos — publicaram um estudo intitulado Prophets of Deceit: A Study of the Techniques of the American Agitator (Os profetas da artimanha: um estudo das técnicas do agitador americano). O livro de Löwenthal e Guterman lida com figuras como o fascista nascido nos Estados Unidos William Dudley Pelley, ou os ativistas de direita Elizabeth Dilling e Joseph P. Kamp, todos eles sendo antissemitas fervorosos, anticomunistas e contrários ao New Deal de Roosevelt. De Huey Long a George Wallace e a Donald Trump, podemos traçar uma longa linhagem na genealogia do charlatão americano.

O livro Prophets of Deceit (Os profetas da artimanha) examina a atração do autoritarismo de meados do século, a disposição do público de massa de se subordinar a uma figura líder, bem como a acreditar em teorias da conspiração e a desprezar as elites e os intelectuais liberais. O adepto, escrevem seus autores, “continua sendo um azarão frustrado, e tudo o que o agitador (ou militante) faz é mobilizar os seus impulsos agressivos contra o inimigo. […] Assim, a imagem do adepto serve indiretamente para condicionar o público à disciplina autoritária.” Para o agitador, o adepto pularia da Trump Tower, ou no mínimo perdoaria o seu herói por atirar em alguém na Quinta Avenida.

Hoje em dia, a questão crucial é como a sociedade civil lida com o fascismo passado e futuro, a que distância será capaz de se manter – ética e estrategicamente – digamos, do supremacismo branco e do antissemitismo. Recordemos o narrador de Mann e sua pergunta: “Por que não escolhemos este momento para ir embora?” Em outras palavras, por que não reunimos o mesmo espírito de resistência de Mario ou, de preferência, um tipo de oposição mais civilmente engajada? As analogias com a situação de hoje – o surgimento de novas autocracias, a onipresença de teorias da conspiração, a desconfiança generalizada dos governos e das elites – não podem ser enfatizadas o suficiente.

_______________________________________________________________________________________________________

Claus Leggewie é um cientista político que leciona na Universidade de Giessen (Alemanha), onde ocupa a cátedra Ludwig Boerne. Em 2021, foi membro honorário da Casa de Thomas Mann, em Pacific Palisades, na California. Ele lecionou Estudos Europeus na Universidade de Nova York e recebeu o Prêmio Sander por contribuições notáveis ​​para a relação acadêmica entre o mundo de língua alemã e os Estados Unidos. Ele está particularmente interessado em como parar a regressão democrática das sociedades liberais.

[1] Etimologicamente, charlatão(em italiano, ciarlatano), é derivado de ciarlare (falar). Na Itália medieval, a aldeia de Cerreto di Spoleto, na Úmbria, tinha a fama de ter gerado um número especialmente alto desses charlatões. O dicionário Merriam-Webster define o charlatão como “aquele que apresenta pretensões geralmente vistosas de conhecimento ou habilidade” e lista esses termos como sinônimos: “falso, falsário, faquir, fraudador, embusteiro, farsante, impostor […], falso, fingidor […], impostor, boateiro, aliciador, dissimulado.”

[2] Ver Nicholas Martin, “Thomas Mann’s Mario und der Zauberer: ‘Simply a Story of Human Affairs’”, em The Text and Its Context, ed. Nigel Harris e Joanne Sayer (Frankfurt: Lang, 2008), 168.


[1] Veja mais aqui (NT).

[2] Leia o ensaio literário Carlos Russo Jr. No Jornal Opção (NT).

Arthur Howe, Jr. (1921-2014)

Se você é um ex-bolsista AFS, como eu (1970-71, West Hartford, Connecticut), certamente se lembrará do nome Arthur Howe, Jr., o “Mr. Howe”, como era referido pelos membros do Comitê do AFS no Brasil. Encontrei o Obituário do “Mr. Howe” por acaso, depois de ter pesquisado o nome do jornalista americano Irving Howe, na internet, após ler um artigo deste na The New York Review. A seguir, uma amostra do obituário do “Mr. Howe” Source: https://rwwfh.com/tribute/details/119/Arthur-Howe/obituary.html

Após a Segunda Guerra Mundial, o Sr. Howe foi voluntário para a AFS e foi fundamental na evolução da organização para o programa de intercâmbio internacional de estudantes que é hoje. Em 1949, ele começou a trabalhar em seu Conselho de Administração e, em 1952, tornou-se vice-presidente voluntário. Em 1965, ele assumiu o cargo de presidente contratado. Nos sete anos seguintes, ele trouxe maior profissionalismo e estabilidade de operações para a organização e supervisionou sua expansão, resultando em cerca de 13.000 intercâmbios de alunos em 60 países a cada ano.

Obituary of Arthur Howe, Jr.

Arthur Howe, Jr., aged 93, passed away peacefully on December 16, 2014, at his home in Essex, CT, following a brief illness. His devoted wife of 70 years, Margaret (“Peggy”) Burke Howe, plus many other family members, were at his bedside providing loving care and attention during the preceding weeks. He is also survived by his four children, Margie Emmons, of Yarmouth, ME, Sam Howe, of Andover, MA, Arthur Howe, III, of Ipswich, MA, and Tom Howe, of Gilmanton, NH, by his brother, Richard Howe, of Gardiner, WA, by ten grandchildren, and by five great-grandchildren. Three of his siblings, Alice Austin, Harold Howe, II, and Sydney Howe, predeceased him, as did his second daughter, Louise Howe, who died in 1954 at the age of two. He devoted his life to his family, advocating for world peace, educational opportunity, social and economic justice, and service to others, and enjoying the outdoors, all in keeping with values held dear by his forebears. He felt privileged for all the people, places, and activities he enjoyed during his full life, and remained especially grateful to his ancestors for all that they made possible for him. Armed with a powerful intellect, broad experience, passion for service, and tireless pen, Mr. Howe was a relentless agent of change. Mr. Howe was born on July 19, 1921, in Watertown, CT, one of five children of Margaret Armstrong Howe and Arthur Howe. He spent some of his childhood years in Hampton, VA, where his father had become President of what is now called Hampton University. That institution was founded in 1868 by Mr. Howe’s maternal grandfather, Gen. Samuel Chapman Armstrong, who led African American troops during the Civil War and then founded the Hampton Normal and Agricultural Institute to provide vocational and educational opportunities for African and Native Americans. Mr. Howe’s childhood exposure to racism and segregation laws while in Virginia shaped significantly his later, life’s work promoting equal educational opportunities especially across racial lines. Mr. Howe attended the Hotchkiss School (Class of 1938), spent a post-graduate year at The Rugby School, in England, and earned a B.A. in Education from Yale University (Class of 1943, with actual degree earned in 1947). Hampton Institute awarded him an honorary Doctorate of Humane Letters in 1965.

During World War II, he served with the American Field Service (AFS), a field ambulance corps, rising to the rank of Major in the British 8th Army by the age of 22. Subsequently, King George VI awarded him the Order of the British Empire (OBE) for his “unusual skill and devotion to duty.” Mr. Howe taught at the Hotchkiss School during the late 1940’s, and in 1969 earned the school’s highest honor, the Alumni Award, given annually in recognition of outstanding service to others. Decades earlier, his father had received the same award. In 1951, Mr. Howe accepted a job at Yale in admissions and scholarship programs. By 1956, he had become Yale’s Dean of Admissions and Student Appointments. In that role, he downplayed reliance on SAT scores and grades and increased the school’s use of other information indicative of an applicant’s character and potential, such as input from trusted college placement advisors. He diversified the student body racially, and was an early, controversial advocate, starting in 1956, for the admission of undergraduate women, who arrived 12 years later. He also initiated Yale’s Summer High School Program, an experimental project for educationally deprived high school students with exceptional potential.

Following World War II, Mr. Howe volunteered for AFS and was instrumental in the organization’s evolution into the international student exchange program that it is today. In 1949 he began service on its Board of Directors, and then in 1952 became its volunteer Vice-President. In 1965 he assumed the hired position as its President. For the next seven years, he brought greater professionalism and stability of operations to the organization, and oversaw its expansion resulting in some 13,000 student exchanges in 60 countries each year. Later, as a Life Trustee and volunteer, he helped gain U.S. Army veterans’ status for eligible AFS drivers, resulting in medical care and other benefits getting to needy drivers and their families. He saw AFS as a vehicle for enabling responsible global citizens to work for peace and understanding in a diverse world. Mr. Howe served on the Boards of many educational, religious, civic, and conservation organizations, including: Hampton Institute (including Chair of its Board), the Hotchkiss School, the Pomfret School, the Foote School, New England Association of Colleges and Secondary Schools, the College Entrance Examination Board, the Ford Foundation’s Fund for the Advancement of Education, the State of Connecticut’s Review and Evaluation Board for Connecticut Higher Education, The Institute of World Affairs, the Kate Macy Ladd Foundation, the Lyme and Essex [CT] Volunteer Fire Departments, the Lyme Zoning and Planning Commission, the Lyme Land Conservation Trust (including Presidency of its Board), the Lyme Congregational Church, the First Congregational Church of Ivoryton [CT], the Chocorua Island [Squam Lake, NH] Chapel Association (including Presidency of its Board), the CT Chapter of the Coastal Conservation Association, and Landmark Volunteers. He also brought his wisdom in race relations, education, and corporate responsibility to the Board rooms of the following corporations: the Riegel Textile Company, Riegel Paper Company, St. Joe Minerals Corporation, and Rexham Corporation. Of special note, he served for about four decades as a director, and 17 years as President, of Rockywold-Deephaven Camps, a family owned business on Squam Lake, NH, where he had deep family ties. There, he initiated key changes resulting in improved water quality of the Lake, reduction of high-speed boating, establishment of a pension plan for staff, and diversification of ownership of the corporation. One of his favorite traditions, over some 60 or so years, was joining the Camps’ maintenance crew each January in the harvesting of 3,400 cakes of ice from the Lake for later, summertime use, a practice which continues to this day. Squam Lake is where Mr. Howe first met his beloved wife 91 years ago, and remains their spirits’ home. Love of the outdoors was a lifelong pursuit. He especially enjoyed fishing and canoe trips with his wife, other family members, and friends. Flowing water was essential to his wellbeing. He became an expert fisherman in the Lower Connecticut River and Long Island Sound, loved to guide family and friends, and was locally famous for his smoked bluefish pate. Mr. Howe loved telling stories, and had a keen sense of humor [I removed the remaining text, about the funeral arrangements].

Source: https://rwwfh.com/tribute/details/119/Arthur-Howe/obituary.html

Imagining an Integrated Humanities Program

HowdoUteach

This is one of those “thinking out loud” posts of mine, where I try to think clearly about some practical issue from my own teaching context, so let me set the stage. I am currently teaching English and Philosophy in a Catholic High School. As the Director of Academics, I am trying to help the school realize its full academic potential in a manner that is in keeping with its mission and that is centered around Christ as our Logos. I am a long time fan of the concept that a school should have a singular Humanities Department made up of those who teach from the Trivium section of the Seven Liberal Arts. That means in our day of Departments: the English, History, and Theology departments.

At the heart of my predilection for this set up is the notion that education is the cultivation of wisdom and virtue and that…

Ver o post original 1.348 mais palavras

Kings of Portugal — Casa Real De Portugal

ABOUT HISTORY HOUSE OF BURGUNDY (also Afonsine Dinasty) After the wars for independence, which end with the signing of the Peace Treaty, in Zamora (1143), carried out between D. Afonso I of Portugal and D. Afonso VII de Leão, the King of Léon recognizes to D. Afonso Henriques the title of Rei. D. Afonso Henriques … Continue reading Kings of Portugal

Kings of Portugal — Casa Real De Portugal

Feeling Stressed? Try These Essential Oils for Anxiety — Dr. Eddy Bettermann MD

Source: Feeling Stressed? Try These Essential Oils for Anxiety by Dr. Edward Group “Stop and smell the roses” is one of the most famous sayings of all time, yet did you know that there’s medicine in those words? Delightful floral aromas bring joy, peace, happy memories — and even good health. Whether rose, lavender, or ylang-ylang, […]

Feeling Stressed? Try These Essential Oils for Anxiety — Dr. Eddy Bettermann MD

The Spirit of Essential Oils — Good Witches Homestead

What Is An Essential Oil? Essential Oil Safety – Basic Guidelines. Essential oil is a highly concentrated compound, extracted from a herb, which gives the herb its characteristic fragrance. It is volatile, which means that it is easily dispersed in the air {think fragrance!} and can be distilled off and captured to produce concentrated oil. […]

The Spirit of Essential Oils — Good Witches Homestead

O hábito do auto aprimoramento e o hábito de seguir os outros

Jo Pires-O’Brien

Segundo Jordan B. Peterson, o psicólogo canadense e autor dos livros Maps of Meaning: The Architecture of Belief (Mapas de significado: a arquitetura da crença; 1999),  e 12 Rules for Life: An Antidote to Chaos (12 regras para a vida: um antídoto para o caos; 2018), as pessoas subdividem-se em dois grandes grupos. O primeiro grupo descreve as pessoas que pensam por si próprias e têm o hábito do auto aprimoramento. O segundo grupo descreve as pessoas que seguem os outros ao invés de pensar por si próprias, e, não têm o hábito do auto aprimoramento. Este segundo grupo de pessoas depende demasiadamente da aprovação de terceiros, e para ganhar tal aprovação, aceitam se transformar em um dente de engrenagem da sociedade. Devido ao sistema hierárquico das sociedades, muita gente pensa que apenas as pessoas que mandam ou que tomam as grandes decisões são responsáveis pela sua sociedade. O fato de um cidadão um mero dente de engrenagem não tira delas a responsabilidade pelo que a engrenagem inteira faz. A responsabilização social é para todos, incluindo os que seguem os outros e têm preguiça de pensar.